Conscientes da emergente cultura juvenil, lentamente os espaços outrora devotados a géneros de espectáculos – cinemas e teatros - abriram a sua programação a novos eventos, como os concertos e concursos de música pop-rock. Por detrás disto estavam personalidades como Vasco Morgado ou Arlindo Conde e, mais tarde, entidades como o Movimento Nacional Feminino.
Mas as bandas neste princípio de década ainda eram poucas, de curta duração e sediadas sobretudo em Lisboa, Porto e Coimbra. O serviço militar iminente, ou obrigações profissionais ou familiares, impediam qualquer possibilidade de carreira ou até mesmo de tocar fora do país. Foi o caso dos Conchas, que tiveram convites para tocar no Brasil, Alemanha e França.
Tinham, por isso, os grupos de se contentar com os espectáculos organizados pelo "Passatempo para Jovens", ou rezarem para terem a sorte de irem à televisão ou serem contratados por algum hotel para banda residente. Ainda assim, em 1961, Zeca do Rock conseguiu gravar o seu único EP em nome próprio, editado pela Rádio Triunfo, e Fernando Conde, o Conjunto Nova Onda e o Quinteto Académico começavam a dar os seus primeiros passos.
Sendo na sua maioria estudantes ou trabalhadores em princípio de carreira, a música era vivida como apenas mais uma aventura ou hobby. Entretanto, nas revistas começavam a aparecer nomes como Tarzan Taborda, Madalena Iglésias e Florbela Queiroz, a dita "Brigitte Bardot portuguesa" que se tornariam idolos de uma geração.
Li no blogue Guedelhudos a menção do Nova Onda já ao ano de 1959... :)
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