Em Portugal as bandas continuavam a surgir, embora em menor quantidade, e as ainda existentes começaram a experimentar abordagens mais imaginativas e consistentes, mas sempre com pouco êxito comercial. Ultrapassado o yé-yé e com a introdução de novos estilos de música, acompanhados pela surgimento de novas editoras, como a Movieplay ou a Clave, surgem o Grupo 5, dentro da pop psicadélica, a Filarmónica Fraude, que iria dar que falar nos anos seguintes, o Trio Barroco com Jean Sarbib a desenvolver a sua vertente mais jazzística, Banda 4 com Paulo de Carvalho depois do fim dos Sheiks, Tibério e Lúcia dos Açores, os Objectivo, os Nómadas, entre outros.
Enquanto isso bandas como os Tubarões de Viseu ou o Conjunto Universitário Hi-Fi moviam-se para estéticas mais psicadélicas que se reflectiram em composições como "Poema do Homem-Rã", dos primeiros, ou "Words of a Mad", dos últimos. Ouve-se ainda falar dos Vodkas da Figueira da Foz, dos Celtas, que no ano seguinte lançariam um EP na Marfer, de Nuno Filipe e dos Keepers.
Nas colónias, os Inflexos já andavam em "aventuras psicadélicas" com "luzes extravagantes" e pedais wah-wah, influenciados pelas viagens a Joanesburgo. Em Lourenço Marques os membros dos H20 criaram a revista Onda Pop para acompanhar o que se ia passando. Também em Moçambique formaram-se os Scarecrows e em Angola realizou-se o 2º Grande Festival Ié Ié com os Five King, de Luanda, Mísseis de Malange, Rhytmo Boys de Benguela, 007 de Nova Lisboa, Satélites de Lobito e os Indómitos de Luanda. Foi no final deste ano que os Jotta Herre conheceram Paul McCartney no hotel onde eram a banda local e que este lhes escreveu uma música, "Penina".
Entretanto, Salazar caiu da cadeira, Marcelo Caetano foi nomeado Presidente do Conselho e no dia 25 de Dezembro foi oferecido a Portugal o segundo canal da R.T.P.
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