Joaquim Rodrigo, S.M., 1961 |
Se 1961 foi o ano da criação da Polícia de Choque e o do
desvio do navio Santa Maria, o ano de 1962 fica marcado pela crise académica.
Após o governo ter proibido o Dia do Estudante, sucederam-se manifestações
estudantis e foi declarado "luto académico". Estes, já politizados,
entram numa batalha, muitas vezes física, que atravessa toda a década de 60.
Entretanto chega também o Novo Cinema Português com novas realidades e realismos.
Na maior parte da música portuguesa nada disto que se estava a passar teve qualquer
eco…
Paulo Rocha, Verdes Anos, 1963 |
Fernando Lopes, Belarmino, 1964 |
E continuam a formar-se conjuntos...Os F.B.I. são um das dezenas de conjuntos que, tal como o Nelo do Twist e seus Diabos, Jovens do Ritmo, Panteras do Diabo, Juventude Dinâmica ou Armindo Rock, aparecem nestes primeiros anos e dos quais não ficam registos fonográficos. Há, no entanto, outros casos melhor sucedidos que marcam estes primeiros anos da década de 60 e que conseguem gerir carreiras que duram alguns anos. É o caso de Sousa Pinto e o seu Conjunto, grupo do Porto dentro da linha dos Shadows, surf à portuguesa, que logo em 1962 conseguem gravar o primeiro de seis discos.
(retirado de guedelhudos.blogspot.com) |
Outro caso é o dos Duques.
Editando um total de cinco discos entre 1962 e 1967, estes são os primeiros a
tentar, e a conseguir, uma carreira no estrangeiro, neste caso em Espanha. O
grupo separa-se em 1968 e o vocalista, Johnny Galvão, junta-se aos Los Buenos, banda de soul/ beat espanhola.
É também nesta altura que os Guitarras de Fogo começam a tocar mas só conseguem gravar anos mais
tarde. Sem grande impacto Os Dois Rapazes,
o Conjunto Nova Onda e os Telstar conseguem também um gravar um
primeiro e único EP antes de desaparecer...
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