O outro participante do Concurso do Rei do Twist, Fernando
Conde, filho do empresário Arlindo Conde, começou a cantar
influenciado não pelos Shadows, como a maioria de então, mas pelo rock 'n' roll americano
dos anos 50. Primeiro acompanhado pelos Las Vegas, e depois pelos Electrónicos, Fernando Conde estreia-se na festa de coroação do Rei da Rádio de 1962. No ano seguinte
consegue um segundo lugar no concurso para eleição do "Rei do Twist"
do Monumental. Tornava-se assim "uma estrela do Rock ‘n’ Roll em
Portugal”.
“Elegante, sempre bem vestido, com fatos apropriados
(alguns brilhantes), com franja, poupa e cara de menino de coro, mas possesso
duma certa expressão rocker”, segundo
António Duarte no seu A Arte
Eléctrica de Ser Português, “Fernando Conde era o modelo acabado do
Cliff Richard português, ídolo à reduzida escala nacional, de meninas colegiais
com "emoções" à flor da pele e de rapazes ávidos por bailes,
divertimentos e aventuras”.
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Do último participante, Nelo do Twist, pouco se
sabe. Depois de se ter estreado com êxito em 1963 num espectáculo no ABC, decide
abandonar o seu trabalho de vendedor de carros e enveredar numa carreira
musical cantando, segundo o próprio em entrevista à Plateia, “sempre dentro da música moderna de Jazz”. Sem grande
sucesso – nunca chegou a gravar - em 1965 é noticiado o seu abandono do twist
para se dedicar ao fado em Madrid, uma vez que "em Portugal os artistas
são como frigoríficos...Só fazem falta no Verão..."