«Estava-se em 1968 e se em Portugal ainda “não havia” o
L.S.D. nem sequer a erva que aquele e outros jornalistas referiam, pelo menos a
partir desse ano iria ter-se uma, ou a,
Drug Store…Situada numa cave da Avenida da Liberdade, em Lisboa, esta “Mini
Carnaby Street”, como optimisticamente a descreveram, continha boutiques, uma discoteca e snack-bar e seria aí onde se venderia
“vestuário de motivos decorativos mais ou menos psicadélico”, os novos discos
assim como cartazes e artefactos hippies
importados. Puderam alguns viver dessa forma, com outras cores e sons, a dita
“primavera marcelista” … Em termos de publicações, é nesse período de maior
abertura do Estado Novo que aparece A
Capital, um jornal que também não ganharia grandes simpatias da parte do
regime, embora dissesse pretender ser mais popular do que político. É também
nesse final de década que surgem as revistas Cine Disco, Mundo Moderno,
Mundo da Canção e a Clube 21. Geridas por gente comprometida
com as novas causas juvenis, expressavam-se aí novas perspectivas que se
reflectiam na linguagem gráfica, agora mais livre, colorida ou até psicadélica.»
"A
popularidade dos Beatles nunca foi grande entre nós"
in
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