Formados em 1963
por alunos do liceu Pedro Nunes e vizinhos em Campo de Ourique, os Ekos –
nome dado a partir das guitarras que usavam, Eko - eram constituídos por
Edmundo Falé, como vocalista, Mário Guia na bateria, António Joaquim Vieira no
baixo, Joca Santos na guitarra ritmo e João Camilo Júnior, guitarra solo. Ganhando
nome no circuito de bailes e festas de liceu, no ano seguinte são convidados
para conjunto residente da boîte Sete
e Meio em Albufeira. É lá que conhecem Cliff Richard, que os aconselha a cantar em português, algo que se
reflectiria na entrada de Zé Luís para a banda.
De volta a Lisboa actuam no Passatempo
Juvenil de Júlio Isidro, gravam para o programa de rádio 23ª Hora e
ficam em primeiro lugar no Top Grande
Prémio do Disco. Entretanto Edmundo Falé sai para o Conjunto
Mistério e os Ekos gravam
o primeiro EP, com a música que os tornaria conhecidos, Esquece, uma versão
portuguesa da Hold Me de P.J. Proby. O disco só sai em 1965, ano em que
fazem a primeira parte dos The Searchers e em que tocam, com
os Sheiks e os Deltons, num espectáculo organizado pelo Duo Ouro Negro no
Coliseu de Lisboa.
(retirado guedelhudos.blogspot.com) |
Gravam mais um disco mas é só com o terceiro EP que
conseguem êxito com uma composição original, Só de Mário Guia. A
primeira edição desse disco esgota-se em menos de um mês e gravam logo de
seguida o quarto disco, ainda antes de Joca
Santos ser mobilizado para a Guiné para cumprir o serviço militar, e ser
substituído por Tony Costa no
órgão. Nesta altura os Ekos já tinham
na sua formação, como substitutos, Eddy
Frois, no baixo, e Luís Paulino como
vocalista.
(retirado de underrreview.blogspot.com) |
1967 foi o ano da colaboração com a Magdalena Pinto Bastos e em que,
devido às incorporações e constantes alterações da formação, os Ekos
começam a perder nome. Nos dois anos que se seguem, a actividade do grupo é
quase nula e somente, em 1970, depois de cumprirem o serviço militar, é que alguns
dos membros originais voltam a juntar-se. Gravam então o seu sexto e último
disco, com uma formação constituída por, novamente, Joca Santos, António Vieira
e Zé Luís, e para a qual entram Hélder e Franklin Simões. Com uma secção de
metais, demonstram uma maior maturidade em termos musicais, assim como uma
maior abrangência em termos de influências. Também a nível das letras há um
maior cuidado e uma preocupação, como se pode ouvir em Habitat 736 onde versam sobre a situação vivida em
terreno de guerra. No entanto, acabam pouco depois...
Sem comentários:
Enviar um comentário