1966: "Ritmos Modernos da Nova Vaga"
1966 foi o ano dos concursos, e marcado fundamentalmente pelo Concurso Yé-Yé do Teatro Monumental.
Embora já existentes desde o princípio da década, a adesão aos concursos tornou-se cada vez maior, quer em termos de público quer em termos de conjuntos, o que fez com que empresários começassem a investir cada vez mais neste novo tipo de entretenimento.
Foi, no entanto, o Movimento Nacional Feminino, de Cecília Supico Pinto, um dos principais responsáveis pela sua maior difusão.[1] Foram elas que organizaram espectáculos para os soldados, entretiveram os militares internados, enviaram lembranças para a frente de guerra e criaram o serviço de madrinhas. Ofereciam também cigarros aos que partiam e discos com mensagens de Natal aos que estavam "lá longe". Mesmo que estes não tivessem gira-discos...
Foi com o objectivo de angariar fundos para estas suas missões, que o Movimento Nacional Feminino começou a organizar espectáculos semanais, concursos e festivais de "música moderna", juntamente com a R.T.P., a Emissora Nacional, o Rádio Clube Português e o jornal O Século.
[1] Formado a 28 de Abril de 1961, dia do aniversário de Salazar, o Movimento Nacional Feminino visou "congregar todas as mulheres portuguesas interessadas em prestar auxílio moral e material aos que lutam pela integridade do Território Pátrio”, conforme consta no Artigo 1º dos seus estatutos. Distribuída por Portugal Continental e Províncias Ultramarinas, esta organização filiou cerca de 82.000 mulheres e editou o jornal mensal "Guerrilha", a revista "Presença" e tinha o programa de rádio "Espaço"
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