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domingo, 9 de abril de 2017

"Dançando ao Sol"

Antes da "invasão britância" encabeçada pelos The Beatles, houve uma primeira investida liderada por Cliff Richard e pelos The Shadows. Em Portugal foram muito bem recebidos dando origem a uma série de "conjuntos tipo The Shadows", como então denominaram os grupos que tocavam instrumentais surf. O próprio Cliff Richard teve algum culto não só por causa da músicas mas também porque, à semelhança de Elvis Presley, foi actor em vários filmes. Em 1964, ele e os The Shadows, entram em "Wonderful Life" de Sidney J. Furie. Por cá o filme estreia com o título "Dançando ao Sol" e a revista Plateia publica um número especial inteiramente dedicado ao filme, com algumas páginas a cores, algo raro na altura.

 
 


terça-feira, 4 de abril de 2017

"Os Beatles na Imprensa Portuguesa"

Abel Soares Rosa, responsável pelo blog The Beatles Forever, compilou parte do que foi publicado sobre os Beatles em Portugal em dois volumes intitulados «Os Beatles Ilustrados - Os Beatles na Imprensa Portuguesa (1963-1972)» e num intitulado «Os Beatles Populares - Os Beatles na Imprensa Portuguesa (1963-1970) - Os Jornais».




Para mais informações ver: teresa-beatlesforever.blogspot.pt

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Os Beatles na Imprensa Portuguesa

Os Beatles foram uma constante na imprensa portuguesa ao longo da década de 60. Serviram para ilustrar tudo e mais uma alguma coisa e, sobretudo, para encher páginas. 


domingo, 12 de fevereiro de 2017

sábado, 11 de fevereiro de 2017

"Mundo da Canção" - capa do primeiro número

A capa do primeiro número da "Mundo da Canção", com uma fotografia do então padre Francisco Fanhais, é explícita relativamente à linha editorial da revista. A música de intervenção foi uma constante ao longo dos vários anos de publicação. Foram entrevistados inúmeros desses cantautores e reproduzidas inúmeras letras. Compreende-se que durante anos esse espaço e destaque fosse necessário mas esse programa, no futuro, acabaria por sufocar a revista.


"Mundo da Canção" - editorial do primeiro número.

No final de 1969 surgiria uma nova revista dedicada a música pop, rock e de intervenção, tanto portuguesa como estrangeira. De nome "Mundo da Canção" esta revista do Porto, ao longo de várias anos, nas suas páginas publicar-se-iam tanto notícias como entrevistas, sobretudo a músicos portugueses, assim como artigos de opinião, coisa então rara em Portugal, e letras de músicas. Além disso a equipa da revista, dirigida por Avelino Tavares, organizaria encontros, debates e concertos. Mais tarde teria o seu espaço, a loja MC-Discoteca, editaria alguns livros e até discos. Este foi o editorial do primeiro número.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

' A Invasão Britânica' (1964): Parte 6



Apesar de o número de conjuntos ser cada vez maior e com sucesso ao vivo mais que comprovado, as editoras discográficas continuavam a apostar unicamente em valores seguros. Mais conscientes do potencial económico desta faixa etária e dos novos géneros musicais, alguns empresários do mundo do espectáculo começam a organizar por todo o país festivais semelhantes aos que já se tinha assistido em Lisboa e Porto. Surgem assim oportunidades para as novas bandas poderem tocar ao vivo e saírem dos circuitos das feiras e arraiais. Em Maio de 1964 realiza-se o Festival de Ritmos Modernos de Braga e em Julho um festival no Palácio de Cristal, no Porto. É também em 1964 que Françoise Hardy se apresenta ao vivo no Teatro Monumental, Lisboa, num concerto em que 25 minutos após ter começado a plateia foi dispersa pela Polícia. No dia seguinte apresenta-se como no Porto, num concerto para um Coliseu esgotado, e em que, segundo a Plateia, não houve playbackA 14 de Março, foi a vez de Sylvie Vartan estrear-se nas duas cidades.

Mas, apesar de tudo, para os portugueses, música continua a ser o fado, a balada e o nacional cançonetismo. 1964 é o ano da primeira participação de Portugal no Concurso Eurovisão da Canção, representado pelo muito aplaudido António Calvário. Por muito mérito e adeptos que o twist tivesse, a rádio e a televisão não lhe prestavam qualquer atenção. É então em revistas como a Plateia, Flama, Rádio & Televisão e Álbum da Canção que as bandas começam a encontrar um espaço e os fãs uma forma de comunicar com os seus ídolos. Notícias, entrevistas, cartas abertas, fotografias e letras de músicas começam a tornar-se regulares nas páginas dessas revistas. Os concursos de votação nos melhores cantores e grupos que possibilitam uma interacção. Programas de rádio como Ouvindo as Estrelas, Enquanto for Bom Dia complementam tudo isto...

terça-feira, 5 de julho de 2011

“Ritmos Modernos da Nova Vaga: o rock em Portugal na década de 60” – Parte 34

Foram neste ano lançadas a revista Mundo da Canção, a CineDisco, a Mundo Moderno, e a Plateia criou uma secção musical gerida pelo grupo Saravah[1] onde começou a ser feita crítica musical. Atraves dela comecaram a ser introduzidas novidades, não apenas musicais, desde os Mothers of Invention a Sun-Ra ou os Seeds, e a um artigo sobre os Jefferson Airplane deram o título "Sê livre e faz o que te apetecer"[2]...
Nesse mesmo ano, João Abel Manta escreveu na sua ilustração "Juventude Anos 60" referências a Lichtenstein, Lenny Bruce, Baldwin, Godard, Stockhausen, Andy Warhol, Timothy Leary, Doors, WC Fields, etc.


Noutras áreas percebia-se finalmente a importância do cinema amador, que se reflectiu na criação de um concurso a ele dedicado, enquanto nas salas estreava "O Cerco", de António da Cunha Telles. Na televisão, o programa Zip Zip conseguiu não só acompanhar, mas mudar definitivamente o panorama musical, dando a conhecer "nomes e valores de uma música portuguesa diferente, porque jovem, verdadeira e nossa"[3]. Através dele fez-se ouvir o Padre Fanhais, José Barata Moura, os Música Novarum assim como Caetano Veloso e Gilberto Gil, fugidos do Brasil.



[1] Grupo formado por Fernando Almeida Balsinha, Helio Dias Fernandes e Jose Manuel Cabral

[2] Plateia, no.451, 23.9.1969

[3] Jose Manuel Travassos, "Zip-zip : requinte de gosto musical" in Plateia, no.447, 26.8.1969

segunda-feira, 28 de março de 2011

“Ritmos Modernos da Nova Vaga: o rock em Portugal na década de 60” – Parte 15

Apesar de tudo, para a maioria dos portugueses a música continuava a ser o fado e o nacional-cançonetismo. 1964 foi o ano da primeira participação de Portugal no Concurso Eurovisão da Canção, representado por António Calvário. Mas, por mais mérito que esse tivesse, a Plateia continuava a receber cartas acerca de que a rádio e a televisão não mostravam o twist , nem passavam música de feita fora de Lisboa. "Dança macabra" ou "diabólica"[1], como lhe chamaram alguns jornais, continuava mal vista, quando não era proibida.

Mas foi também nessas revistas que as bandas começaram a encontrar um espaço e os fans um forma de comunicar com os seus ídolos. Notícias, entrevistas, cartas abertas, fotografias, os discos da semana e letras de músicas começaram a tornar-se regulares nas páginas de revistas como a referida Plateia, Rádio & Televisão, Álbum da Canção, etc.

Os concursos de votação nos melhores cantores e grupos, como o "Microfone de Ouro", possibilitavam uma interacção que era complementada pelos clubes de fans. Admiradores começaram a coleccionar livros de autógrafos a que os artistas tinham dever de assinar, tal como tinham o de responder a cartas, telefonemas e enviar fotografias.

Programas de rádio como "Ouvindo as Estrelas", "Enquanto for Bom Dia" e o "Ritmo 64", complementavam tudo isto. No cinema, "Pão, Amor e Totobola" (1963), de Henrique Campos, contava com a presença de Zeca do Rock, e em "A Canção da Saudade" (1964), também de Henrique Campos, participou Victor Gomes com os seus Gatos Negros. Em 1965, o Conjunto João Paulo entra no filme "Férias em Portugal" e o Quinteto Académico no "Domingo à Tarde", de António de Macedo


[1] Diário Popular de 12.1.1964